E agora páro o carro e uma vastidão imensa de horizontes. A estrada são duas linhas infinitas a desaparecer na aridez ao longe. Saio para o ar quente parado e o mundo suspenso a toda a volta. Subitamente, no carro, o rádio enrouquece a voz de Lucinda Williams – “I am waiting for your essence”. E é aqui que eu quero ficar - com toda esta luz, todo este silêncio. Todo este céu.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Uma árvore plantada na manhã

E então de súbito. A memória de uma árvore e um livro e tu na vastidão da manhã. E sol e talvez mesmo um pouco de vento. Mas depois rapidamente. Nem árvore nem livro. Nem mesmo tu. Apenas uma vergonha imensa da tua presença imensa e de isso fazer desaparecer tudo o que era então de estar ali. Na manhã infinita e solar.

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